terça-feira, 24 de outubro de 2017

Uma tragédia por culpa de um desodorante.

Será que realmente o desodorante foi o culpado?
Ou somente o estopim?

Gabriel sofreu muito na infância dos 7 aos 10 anos.
Eram choros
Eram birras
E, principalmente um silêncio dos acontecimentos.

Gabriel voltou a sorrir e falar quando mudou de escola.
Que soube o acolher e integrar com os colegas de salas e do colégio.
E com ele feliz, estruturado, eu comecei a questionar sobre a antiga escola....

Eu: Gabriel, porque você comia escondido na antiga escola?
Gabriel: Porque os meninos roubavam o meu lanche.
Eu: E porque você não falou para professora.
Gabriel: Eu falei.
Eu: E o que ela falou?
Gabriel: Ela disse que eu precisava me virar sozinho. Não podia ficar reclamando toda hora.

Na hora eu pensei:
- Que ser é este que manda um menino resolver o seu problema sozinho?
- Que pessoa é esta que não tem a sensibilidade de ajudar o seu aluno?
- A escola é responsável pelo bullyng, precisa combater, não pode ter esta omissão.

Hoje com mais maturidade eu penso um pouco diferente.
A escola precisa combater o bullyng

Mas, esta responsabilidade não é só da escola.
E sim de todas as famílias também.
Precisamos ensinar os nossos filhos a interagir com todos.
Pois, é muito fácil ser amigo do popular, do semelhante e/ou do divertido.
E o sozinho? E o estranho?
Ignorar? Ou respeitar e manter distância?

Precisamos ensinar os nossos filhos acolher, a conversar e tentar integra-lo no grupo.
Chamar para tomar o lanche junto.
Convidar para sentar junto.
Não precisa ser o melhor amigo, mas o aceitar como ele é.
E principalmente, fazer amizade sem diferenças.

Todos querem salvar o mundo,
E se esquecem podem salvar o próximo que esta ao seu lado.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Atypical - A irmã

Em um post anterior (Atypical - O questionario)
Eu disse que em algumas cenas da série lembra muito o meu dia a dia.
E ontem me lembrei da irmã de Sam.

A mais normal da família de Sam é a sua irmã Casey.
Ela acredita no potencial do seu irmão, o trata como normal.
Mas, cuida e defende o seu irmão ferozmente.
                                                          
Nath é assim também.
Cuida e defende do Gabriel.
E acredita no seu potencial e o trata como igual.

Nath: Você viu que o Gabriel tirou 10 em matemática.
Eu: Ele me falou.
Nath: E você não esta feliz?
Eu: A prova é toda adaptada, só tem conta para fazer. Então, o 10 não vale.
Nath: Mas, não é uma prova?
Eu: Sim. Uma prova adaptada.
Nath: E daí? É uma prova e não importa como ela é.

E pensei,
Pensei
Repensei.
Verdade, o mérito é dele.
Não importa como é a prova.
O que importa que ele tirou 10!

Nath, assim como Casey viveu a vida em função do irmão.
E teve um capítulo que foi um tapa na minha cara.
Foi a cena que a irmã do Sam conta sobre o convite de estudar em outro colégio.
E a mãe logo disse: Você não vai! Quem vai cuidar do Sam?

Eu vi a Nana nesta cena.
Quando a Nath teve a oportunidade de mudar de escola,
Eu disse: Ela não pode mudar!!! Quem vai cuidar do Gabriel?

Nana sempre acompanhou o Gabriel em tudo.
Na escola.
No beisebol.
E nos passeios
Ela nunca teve opção de não ir.
Ela faltava em seus compromissos, 
Faltava nos seus treinos
Apenas para acompanhar o Gabriel.

Eu falava que era questão de logística. 
Mas, no fundo, era para não deixar o Gabriel sozinho.
Porque se o Gabriel ficasse nervoso.
Se o Gabriel ficasse só. 
Teria a Nath para fazer companhia.

Espero que na segunda temporada de Atypical, Casey vá para nova escola e tenha muito sucesso na sua nova jornada.
Assim como a Nath mudou e começou um novo ciclo: de viver uma vida só dela.