quarta-feira, 29 de novembro de 2017

E quando Deus escreve certo, por linhas tortas......

Hoje foi o último dia de aula.
E diferente do que aconteceu no ano passado,
O Gabriel se divertiu de montão na escola.
E voltou todo feliz com o seu presente do amigo secreto!

O ano passado foi muito triste.
Ele não participou da festa,
Nem do amigo secreto
E voltou triste com o seu braço quebrado.

Mas, no final da história.
Deus escreveu certo, por linhas tortas.
A repercussão do caso do Gabriel foi tão grande o ano passado,
Que este ano ele realmente foi incluído na sala de aula.

Sim.
Este ano ele foi aceito no grupo.
Eu senti isso.
E os professores também sentiram este acolhimento.

Acredito que houve o amadurecimento por parte do Gabriel,
Mas, também eu acredito que as crianças passaram a “aceitá-lo” com suas diferenças.
E esta amizade sem diferença que formou,
Deixou o Gabriel mais confiante,
Mais participativo,
E principalmente, com muita garra de vencer.

Não tenho palavras para agradecer o carinho de todos na escola.
Tenham a certeza que vocês mudaram o destino de um garotinho.
Aceitando,
Compreendendo,
E, principalmente o acolhendo.

E, no último domingo, eu e o Gabriel tivemos esta conversa.........

Gabriel: Mãe posso levar quibe para festa do ultimo dia na escola?
Eu: Kibe? Não pode ser um sanduíche? Um pão de queijo?
Gabriel: Não! Eu quero levar quibe! Tem no freezer.
Eu: Mas, eu fiz o kibe para levar na sua viagem do beisebol.
Gabriel: Eu quero levar quibe.
Eu: Gabriel, eu tenho que acordar de madrugada para fritar estes quibes.
Gabriel: Não pode fritar um dia antes?
Eu: Vai ficar frio.
Gabriel: Faz o quibe, por favor!!!!! O seu kibe é o melhor do mundo.

Enfim.....  lá estava eu fritando os kibes as 5 horas da manhã......

Gabriel feliz.
Mamãe feliz também.

E quem imaginaria que tudo mudaria, há um ano atrás foi assim post . Um começo de uma grande amizade sem diferença

Um comentário:

  1. Boa noite Cristiane adoro seus posts pois me identifico muito com eles. Minha filha de 8 anos também foi diagnosticada com DPAC e TDAH porém não hiperativa apenas déficit de atenção. Às vezes me sinto sozinha nessa caminhada e ler as coisas que você escreve me ajuda bastante pois muitos acham que é frescura da minha filha ou que eu é que não tenho pulso firme para educa-la. Obrigada pelos seus textos. Ainda estou a procura de tratamento para ela. Continue com esse lindo trabalho.

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